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Dados Estruturados |
Ao contrário da maioria dos protocolos de comunicação, o padrão IEC 61850 toma como base o princípio de orientação a objetos, de forma a trabalhar com modelamento orientado à informação e não ao dispositivo nem ao protocolo. Estes modelos definem os formatos dos dados, identificadores, comportamento e controles.
A norma adotou o Nó Lógico (Logic Node), que vem a ser a menor parte de uma função de troca de informação, usado como núcleo dos modelos. Os Nós Lógicos são agrupamentos funcionais de informações para troca de dados entre si e que carregam consigo as informações que necessitam ser transmitidas. A localização dos Nós não está atrelada a um único IED, quando se considera que uma função é composta de vários Nós, ou seja, existe uma livre alocação de funções, que admitem sua centralização ou descentralização.
Inseridos nos LNs, que seguem o modelo de dados estruturados, estão os conjuntos de dados pertinentes à função e referência a um elemento físico da rede, que por sua vez possui um conjunto de atributos que expressa as informações que se deseja obter ou enviar para o modelo de objeto trabalhado. Estes conjuntos de dados são agrupados nos chamados Dispositivos Lógicos (Logic Devices) que estão inseridos em IEDs. A figura a seguir apresenta a relação entre estes elementos.
Elementos da norma IEC 61850
Na norma IEC 61850 foi estabelecida a padronização da nomenclatura para todos os elementos, utilizando uma sequência de caracteres mnemônicos não ambíguos, ou seja, é possível identificar através dos nomes quais as tarefas que estes elementos desempenham. No caso dos LNs, esta identificação é dada por quatro caracteres.
Pode-se verificar na figura a seguir um exemplo mais detalhado da estrutura de dados da norma IEC61850 em um dispositivo genérico. Nesta estrutura em árvore, pode-se notar que o primeiro nível contém um dispositivo físico chamado IEDElipse, na sequência um Dispositivo Lógico MET (Medição), um Nó Lógico MMXU (Medições de tensão, corrente e potência), uma Classe de Dados PhV (Tensão), o Atributo phsA (Tensão da Fase A) e por último o dado cVal (Valor Complexo), cuja banda morta é um degrau de variação do dado.
Estrutura de Dados
Depois de realizada a modelagem do dispositivo se obtém uma sintaxe que é utilizada para referenciar a função que se deseja monitorar ou controlar, representada no formato IEDElipse.MET.MMXU.PhV.phsA.cVal.