Os módulos em Python podem ser compreendidos como bibliotecas onde é possível organizar todo o código desenvolvido, agrupando-o em um conjunto lógico para fácil entendimento, manutenção e utilização, inclusive por terceiros.

Para utilizar um módulo em Python é preciso que este esteja disponível no escopo que se pretende trabalhar, ou seja, em um ambiente com um interpretador interativo, em outro código de um script ou mesmo outro módulo. Para isto, utilize a declaração import. A seguir são apresentadas algumas das formas de utilização desta declaração.

In [1]: import module1
In [2]: x = module1.func1()

Neste exemplo a primeira linha importa o módulo hipotético module1 para o ambiente com um interpretador integrado e a segunda linha atribui à variável x o resultado da avaliação da função func1, também hipotética, do módulo module1. Note que neste caso é preciso sempre especificar a qual módulo pertence a função, ou seja, definir a qual escopo pertence. Isto é realizado através da utilização do ponto entre o nome do módulo e da sua função. Esta é a forma do Python identificar o mapeamento correto de nomes para os respectivos objetos (namespace).

No exemplo a seguir é criado um apelido (alias) para o módulo, facilitando a sua posterior utilização.

In [1]: import module1 as md1
In [2]: x = md1.func1()

Neste caso é utilizado um apelido (alias) previamente definido para o module1, de maneira que a chamada da função func1 é reduzida.

Esta é a forma recomendada para a utilização dos módulos em Python, facilitando a todos que têm acesso ao código compreender a qual escopo uma dada função pertence, evitando-se eventuais ambiguidades.

No caso de módulos que contém sub-módulos, para a sua utilização é preciso informá-lo na declaração import de maneira análoga, como no caso do sub-módulo pyplot do módulo matplotlib a ser apresentado em um tópico mais adiante. Neste caso, utilizando-se a notação anterior, a importação do módulo pyplot é a seguinte:

In [1]: import matplotlib.pyplot as plt
In [2]: fig = plt.figure()

A primeira linha importa apenas o sub-módulo pyplot pertencente ao módulo matplotlib, atribuindo-lhe o apelido plt. A linha seguinte cria uma figura para posterior utilização em gráficos, atribuindo-a à variável fig.

Uma outra forma de carregar os módulos no ambiente de trabalho é através da importação de todo o seu conteúdo utilizando o caractere de asterisco, porém não se recomenda a utilização deste formato pelos motivos já mencionados anteriormente em relação à identificação dos escopos das funções dos módulos e eventuais problemas de ambiguidades de nomes.

Sobre os módulos em Python é importante ainda ressaltar que alguns são nativos do próprio Python, como o datetime por exemplo, para trabalhar com dados no formato de data e hora, enquanto outros são desenvolvidos por terceiros, lembrando que a comunidade Python é realmente grande e ativa, e vem crescendo cada vez mais nos últimos anos.

Por conta deste grande volume de módulos desenvolvidos por terceiros, foram criados inúmeros mecanismos para a distribuição destes módulos. A forma mais recente e recomendada, quando disponível, é através do comando pip install nome_do_módulo a ser executado em um Prompt de Comando do Windows. No caso de não se dispor de conexão com a Internet, é preciso baixar manualmente o módulo que se deseja instalar e executar o comando anterior, mas informando o nome do arquivo baixado ao invés de apenas o nome do módulo.

Mais informações sobre a utilização, criação e instalação de módulos no Python podem ser obtidas na documentação fornecida pela Python Software Foundation ou através de inúmeros materiais disponíveis na Internet.